A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, é um problema sério, que pode se agravar e se transformar em casos de cirrose hepática e até câncer no fígado. O problema possui várias causas, como o consumo de bebida alcoólica, consumo de alimentos gordurosos, colesterol alto, hipertensão arterial, mas as principais são a obesidade e o diabetes tipo 2.
A cada ano, cerca de dois milhões de brasileiros são diagnosticados com esteatose hepática. O fígado é o maior órgão interno do corpo humano e possui mais de 500 funções, como detoxificar substâncias, produzir proteínas e fator de coagulação. Isso significa que não podemos viver sem ele.
Normalmente, as doenças no fígado, como a esteatose hepática, são descobertas em exames de rotina, já que o órgão não costuma apresentar sintomas. Quando isso ocorre, em geral, já há um comprometimento hepático mais importante. A esteatose é, por exemplo, a segunda causa de transplante de fígado do país.
É possível reverter – ou melhorar – o quadro da doença, evitando complicações, com mudanças no hábito de vida: alimentação mais saudável, prática de atividade física, baixo (ou nenhum) consumo de álcool.
A esteatose hepática é, também, uma das comorbidades consideradas para a realização da cirurgia bariátrica. Sabemos que o excesso de gordura visceral e subcutânea faz com que vá mais gordura para o fígado. Como ele não consegue detoxificar toda essa quantidade, acaba acumulando-a.
No tratamento para esteatose hepática, dependendo do grau da doença (leve, moderado ou grave), é recomendado que o paciente emagreça de 10% a 15%, pelo menos, de forma duradoura, ou seja, não adianta emagrecer e engordar novamente porque a esteatose hepática também volta.
A cirurgia bariátrica, para pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 35, pode ser uma boa alternativa de tratamento, já que ela combate a obesidade e o diabetes tipo 2, que são considerados as principais causas da esteatose, com melhora muito significativa na gordura do fígado. Os resultados a cirurgia, além de efetivos, costumam ser a longo prazo, o que favorece ainda mais a redução da gordura no fígado.
Agora que você sabe de tudo isso, lembre-se de agendar uma consulta médica para fazer exames preventivos. Caso apresente esteatose hepática, leve o tratamento a sério e evite que ela se transforme em quadros mais graves, que podem levar à necessidade de um transplante ou até à morte.